A Dourogás juntou-se à World Biogas Association e a mais de 200 organizações internacionais na assinatura da carta aberta “Let Green Gas Count”, dirigida ao Greenhouse Gas Protocol (GHG Protocol), a referência internacional mais utilizada para a contabilização das emissões de gases com efeito de estufa (GEE).
Este apelo global visa garantir que os gases renováveis, como o Biometano, sejam reconhecidos de forma equitativa nos critérios internacionais de reporte de emissões, nomeadamente na contabilização das emissões de escopo 1, associadas às emissões diretas das empresas.
A urgência de um enquadramento claro e equitativo
O GHG Protocol retirou recentemente as diretrizes que reconheciam a utilização de certificados de Biometano como um instrumento válido na contabilização de emissões. Esta decisão gerou incerteza e criou uma desvantagem competitiva para os gases renováveis, retendo o investimento e dificultando o desenvolvimento de novos projectos.
Grande parte do Biometano comercializado na União Europeia e nos Estados Unidos é suportado pelo princípio do balanço de massas, uma prática reconhecida por garantir a rastreabilidade e a sustentabilidade deste vetor energético. A falta de diretrizes específicas coloca em risco a confiança do mercado e compromete o papel do Biometano na descarbonização da economia.
Uma mensagem colectiva em nome da transição energética
A carta aberta “Let Green Gas Count” é um apelo à coerência. Defende que, à semelhança de outras tecnologias sustentáveis, os gases renováveis também devem ter um quadro regulamentar claro e estável que esteja alinhado com os compromissos climáticos globais.
A falta de reconhecimento dos certificados de Biometano nos relatórios de sustentabilidade afecta não só os produtores, mas também os comerciantes, os agentes de mercado e os utilizadores finais que estão empenhados em incorporar soluções energéticas mais limpas.
O compromisso da Dourogás
Acreditamos que os gases renováveis são uma parte essencial do futuro energético, contribuindo ativamente para a redução das emissões, promovendo a economia circular e impulsionando o cumprimento das metas de neutralidade carbónica, tanto a nível nacional como transnacional.
Ao assinar esta carta, reforçamos o nosso compromisso na defesa de um sector energético mais justo, mais sustentável e mais preparado para os desafios do futuro.